terça-feira, 4 de outubro de 2016

Ciro admite que PP pode romper com base antes de 2018

ciro-feridas.png - Pra bom entendedor
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Menos de 24 horas após o encerramento das eleições municipais, o senador Ciro Nogueira (PP) disse, em entrevista na TVCidade Verde, que a relação com a base do governador Wellington Dias (PT) sai arranhada diante da disputa em defesa de seus candidatos. Disse ainda, que no momento, as feridas dessa relação “estão abertas”, e que precisará tratá-las, sob pena de não curá-las a tempo das eleições de 2018.
“Temos um projeto com o governador Wellington Dias, temos que sentar com ele para saber o que definir para o futuro. Sai arranhada a base. Houve excesso de força em municípios que eram aliados, e esqueceram municípios como Parnaíba. Ao invés de lutar contra os adversários, nos digladiando em municípios onde estávamos disputando. A base tem que ser rearrumada”, disse o senador.
Ele admitiu que a situação soma-se ao impasse com membros da base, iniciado ainda quando do rompimento do senador com a ex-presidente Dilma Rousseff, cassada pelo Congresso Nacional após o julgamento do impeachment.
“As feridas estão abertas, temos que passar a unção para cicatrizar. Porque se não houver isso, aí…”, afirmou, sendo interrompido por Elivaldo Barbosa, que mencionou mágoas também de membros do PMDB.
Ciro confirmou que há uma mágoa muito grande da forma como alguns dos aliados do governador, que não tiveram “dimensão da responsabilidade com a base”, ameaçando que “não se ganha eleição só”.
“O PP também tem que enaltecer a relação com os nossos aliados. O PP não vai governar o Estado só, nunca. É fundamental. Mas tem de haver um sentimento com o todo. Wellington não é governador apenas de um partido”, pontua, confirmando ainda que, para 2018, se não houver esse entendimento, não há porque permanecer com a aliança.
Ele garantiu que está sendo cobrado na base dos partidos sobre a interferência do governo em alguns municípios que foram “massacrados”, e que como líder, terá de reagir.
Ao perceber que se empolgou nas declarações, Ciro tentou amenizar ao dizer que no momento ainda há “sangue muito quente”, e que precisa conversar com o governador, tanto para levar seus pontos, como para ouvir possíveis críticas.
Fonte: 180graus 

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